Embora tenha tido minhas experiências como aluna dentro de escolas com espaços e tempos definidos e rígidos, minha inquietude e curiosidade levaram-me a buscar desde muito cedo novas possibilidades para enfrentar os desafios e as incertezas inerentes ao exercício da docência.
Iniciando com quadro verde e giz o mimiógrafo representava a grande novidade a qual deveria me adaptar e aprender a manusear depois da máquina de datilografar.
Na medida em que fui encontrando situações pedagógicas diferentes das aprendidas no curso de magistério, movida pelo constante desejo de aprender, sai em busca de conhecimento ao longo de minha carreira através de cursos, seminários, encontros, fóruns e congressos transitando por vários espaços educacionais dividida entre o tempo de ensinar e o tempo de aprender. No decorrer deste período atenta as novidades fui incorporando ao fazer pedagógico o toca disco, gravador, retroprojetor, episcópio, projetor de slides, copiadora, televisão e vídeo que foram ampliando as formas de trabalhar.
Com a mudança no perfil das turmas, com a inclusão das diferenças, a antecipação da idade de entrada na escola e a ampliação para nove anos de estudo o ensino está exigido profundas mudanças, inclusive na forma de preparar as aulas, de coletar informações e de interagir com os alunos e os colegas de profissão. Além da nova realidade enfrentamos a chegada do computador e da internet trazendo novos desafios, incertezas e possibilidades. Surge a necessidade de um novo funcionamento didático e a reorganização curricular. Da mesma forma que a chegada das novas tecnologias está nos desacomodando, são elas que nos acenam com múltiplas possibilidades de enfrentamento as novas exigências. O acesso ilimitado a informações em curto período, a nova relação com o tempo e o espaço no mundo da comunicação são grandes aliados neste processo de mudanças e construção.
Gelcy Teresinha Chagas Freitas.
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